Um dia peguei nos cães e fui à praia sozinha
Um dia peguei nos cães e fui à praia…sozinha. Os cães não eram meus mas não importava, eram cães que me compreendiam o sossego. Estavam para ali jogados como bocados de preguiça ao sol da tarde, o quintal inteiro dormindo, mesmo os pássaros pareciam cair das árvores na molenguice do calor. Olhei o Tchiué, o rafeiro menor e perguntei com a cabeça:
«Anda daí?»
Qualquer lugar no mundo não é mais do que um lugar para encher. Eu e os cães do quintal do Moanza sabíamos disso.
……….
Depois vi, o rapaz da maquineta de fotos que gostava de mim e me seguiu.
………
Por vezes quero, que os instantes, não saiam dali, nem se mexam, um momento breve pode ser tão completo que não precisamos de mais nada.
………
E a Literatura é isso, calçar os momentos e deixar-se ir, para lá dos nomes.
Nina...breathing
«Anda daí?»
Qualquer lugar no mundo não é mais do que um lugar para encher. Eu e os cães do quintal do Moanza sabíamos disso.
……….
Depois vi, o rapaz da maquineta de fotos que gostava de mim e me seguiu.
………
Por vezes quero, que os instantes, não saiam dali, nem se mexam, um momento breve pode ser tão completo que não precisamos de mais nada.
………
E a Literatura é isso, calçar os momentos e deixar-se ir, para lá dos nomes.
Nina...breathing
posted by NinaSimone at
01:41
8 Comments:
"E a Literatura é isso, calçar os momentos e deixar-se ir, para lá dos nomes."
Muito bom, Nina!
;)
Na maior parte dos blogs que visito e por lá deixo a minha marca, como cão marcando o seu território, apetece-me tirá-los do sério. Especialmente quando falam com “superioridade moral” dos políticos, dos americanos, do Bush, do aquecimento global. Por vezes não resisto e lá deixo um comentário no meu próprio blog, mas nem assim me consigo tirar do sério.
Mas aqui tenho um desafio maior: levar a Nina a aderir a uma causa, do tipo: apoiar o Carmona, ou algo mais radical como recusar-se a invadir o El Corte Inglês no primeiro dia de saldos!
Antonio, esse desafio que queres, há de ser a tua desgraça, a Nina não participa de movimentos que não as do procurar não cair do sapatinho, a Simone, é uma besta, que ladra, e só entra em manifestações de cães e gatos...portanto só te resta convencer o Silveira (o camionista, meu outro alter-ego) (não me admito enquanto uma pessoa, é demasiado redutor, pequeno e fico com afrontamentos) ...
se convenceres o Silveira...Antonio...dou-te um moeda, prometo.
ah...podes mijar no meu blog à vontade, sou apologista do comunismo do mijo. Pode-se mijar, arrotar, até coçar os tomates, apenas cagar esta reservado apenas a mim.
Aqui quem faz merda, só o silveira e a Simone. O resto, vá para o seu pinico.
Hasta tomorrow
El corte Ingles, por puro acaso é um sitio que me afronta, e os saldos, também, se puder compro tudo carrissimo e com a loja apenas para mim com manequins passando e tal, gosto de diamantes e não de flores, e centros comerciais, desde que tive uns ataques de panico há uns anos, apenas vou por obrigação, não gosto...parece que estou num caixão por baixo da terra.
e claro está... só se não puderes evitar é que vais ao CCB em plena tarde de chuva, beber um cafezinho tornado conversa da boa!!!!
pois é simone... nós as gajas, tipas boazudas que não têm medo de pensar o que dizem nem dizer o que pensam, fazemos tudo para tirar os tipos do sério. Os nossos camionistas internos dizem as maiores barbaridades... ah espera... já me esquecia... o meu é um gay conservador e portanto... estou proibida de usar linguagem menos própria e usá-lo a ele como escudo!!!
Enfim...
Já lá ía, mas a Indy adiantou-se-me.
Os meninos abandonam rapidamente a ideia de se casarem com a mãe, fantasia que acompanha as miúdas quase até à adolescência.
Não existe nada que possa fazer seguramente, um pai engolir em seco, que a boçalidade de um camionista irado.
Por isso no imaginário inconfessável de uma mulher existe sempre um camionista Silveira, como veio aqui a Indy corajosamente admitir.
Por isso meninas, não soltem o vosso camionista, guardem-no bem acorrentado, porque senão podem ter um bando de desequilibradas a correr atrás de vocês!
Indomável, I love you, és gaja como eu mas por mim podias ser um perdiz qualquer que adorava-te da mesma forma.
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